quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Autoria, Sujeito, Identidade, Discursividade na Jornada do Escritor

    Eu iniciei no final do ano de 2023, meu novo projeto artístico-literário, intitulado O Escritor. Quero criar uma obra autoral única e, por isso, como reconheço minhas limitações para tanto, iniciei também uma jornada de aquisição de competências, habilidades e conhecimento para alcançar esse objetivo. Estou chamando-a de A Jornada do Escritor cujo propósito é, por meio de um processo de estudo e experimentação, abordando tanto a teoria quanto a prática artística, construir um outro trabalho paralelamente à produção da obra O Escritor.

    Esta semana compreendida entre os dias 8 e 12 de janeiro, me dediquei a estudar as bases do meu trabalho, retomando conhecimentos e buscando novos, além de pôr em prática o que ando vendo na teoria. O resultado disso até agora foi a produção de uma parte do prefácio da obra A Jornada do Escritor.

    Quero aqui compartilhar em resumo o que tenho produzido até o momento.

    Na seção sobre o Autor-Sujeito, o meu texto explora as ideias de Lacan e Foucault. Destaco que o sujeito não é uma entidade unitária e estável, mas é construído por relações sociais, linguagem e simbolismo. A linguagem desempenha um papel crucial na formação do sujeito, sendo moldado pela inserção no domínio simbólico.

    Foucault, por sua vez, rejeita a ideia de um sujeito unificado, enfatizando as relações de poder na formação da identidade. Ele introduz o conceito de "dispositivos", que incluem práticas discursivas, instituições e formas de conhecimento que regulam o sujeito.

A seguir, o meu texto destaca a interseção entre Lacan e Foucault na reflexão sobre a autoria. Argumento, com base nos autores, que a autoria é um ato político, enraizado nas relações de poder e nas estruturas simbólicas.

    Na seção "Entre o Real, o Imaginário e o Simbólico" exploro a complexidade da subjetividade, utilizando as contribuições de Lacan para descrever os registros do Real, Imaginário e Simbólico. Destaco que a capacidade de narrar e articular a experiência é fundamental para a formação do sujeito, mediada pela linguagem.

    O texto prossegue com a análise da relação entre autoria, saber e poder, utilizando as perspectivas de Foucault. Com a ajuda do autor, destaco a descentralização do sujeito e a importância das relações de poder na formação do sujeito como autor. Foucault me auxilia no exame das práticas discursivas em torno da sexualidade, constato que elas contribuem para a construção e regulamentação do sujeito.

    Na seção final, proponho entrelaçar as perspectivas de Lacan e Foucault para ampliar a compreensão do Autor-Sujeito. Argumento que a autoria não é apenas um ato de expressão criativa, mas também uma posição que o sujeito assume em relação a si mesmo, aos outros e à sociedade. Destaco que a autoria é um processo dinâmico de desconstrução e reconstrução, influenciado pelas experiências e pelas relações sociais.

    Eu apresento o reconhecimento de si, do autor e das instituições sociais como um aspecto crucial da autoria. Nesse sentido, o texto explora como o sujeito, ao se tornar autor, está envolvido em um processo complexo de reconhecimento que abrange a compreensão de si mesmo, a aceitação do papel de autor e a influência das instituições sociais na construção da narrativa pessoal.

    Termino discutindo autoria, subjetividade e discursividade como elementos interligados. Constato que o reconhecimento do eu, a aceitação da posição de autor e a consciência das influências sociais contribuem para a construção de uma discursividade pessoal. Concluo destacando a importância de compreender a interação desses elementos na formação da identidade individual.

É isso! Logo, trago mais atualizações sobre o meu trabalho.

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